terça-feira, 27 de abril de 2010

O que eu deveria ter feito? Me calado.

Lendo uma das crônicas da Martha Medeiros - que diga-se de passagem, adoro todas -, eu li um texto, cujo o nome é "A voz do silêncio". E ele se trata exatamente de como o silêncio, é muito pior do que palavras que você não queira ouvir.

E a parte que mais mexeu comigo foi "Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala. Simples, rápido! E quanta força!". É, e quantas situações vieram à minha cabeça, quantos telefonemas que eu não deveria ter dado, que eu não deveria ter atendido. As mensagens que eu não deveria ter mandado. Pois, no fundo, eu tinha entendido o recado, mesmo que esse recado nunca tivesse sido dado. Era o fim, e ponto final.

Mas eu, como a maioria das pessoas, prefiro ouvir uma pessoa dizendo para mim as coisas que eu no fundo, não gostaria de ouvir, do que o silêncio. Pois, o silêncio do outro para mim é inquietante, irritante, e provoca uma profunda tristeza.

Eu admiro as pessoas que conseguem guardar as palavras para si, que se calam nas horas certas. E acredite, isso causa mais efeito do que qualquer palavra. Os telefonemas param, as mensagem na madrugada param, e a pessoa vai desaparecendo, como se nunca tivesse surgido. Nem se lembram de que nós, estamos ainda, esperando algum sinal. Mesmo que esse sinal seja um ponto final.

E eu fico me perguntando: "Será que se eu tivesse me calado na hora certa, as coisas estariam melhores?". Não sei, e acho que nunca vou saber. A única coisa que eu desejo aprender agora, é me calar. Aprender a segurar meus sentimentos pra mim, e sem pensar que o outro deveria saber o que eu acho. Pois, era o que eu deveria ter feito, mas não fiz. Que eu saiba usar as palavras na hora certa, e me calar também. Assim, eu e a pessoa em questão aprendemos o recado dado da mesma forma. Os torpedos? Não vão vir mais. A caixa de e-mail? Vai continuar do mesmo jeito. O telefonema? Talvez não o receba mais. Mas a vida? Essa continua, e dá muitas voltas, se dá.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

É aquele(a)!

Quem leu o título e está pensando que eu irei falar de uma bela história de amor, que você soube que a pessoa era o amor da sua vida, está muito enganado. Bem, ou quase isso.

Hoje eu vou falar sobre uma situação que pode durar 2 segundos, mas que também pode durar 2 anos. Quando você chega num lugar, seja ele um bar ou uma boate, onde tem muitas pessoas bonitas, mas você bate o olho naquela pessoa. Pronto, bateu. É aquela pessoa que você vai querer, vai jogar seu charme a noite toda, até conseguir. Claro, se ele não estiver acompanhado. SUPONDO então, que a pessoa esteja livre, leve e solta. É estranho, como por uma noite da sua vida você queira somente aquela pessoa, ou será possível que isso só acontece comigo?

Porque eu sou fogo, quando chego em um lugar e bato o olho em alguém, eu apurrinho todos que estão em volta de mim. Chata? Sim, mas pelo menos, eu consigo - na maioria das vezes. Mas, é tão boa a sensação de se sentir desafiada não?! É uma guerra que é só sua, somente com a missão de sair dali com o número da pessoa, e ela com o seu - mesmo sabendo, que talvez nunca irão se falar novamente. Ou não. E ainda mais quando conseguimos. O ego vai nas alturas, e nos sentimos a pessoa mais foda do mundo.

No dia seguinte? Aquela satisfação consigo mesma te faz muito bem. Você saiu, se divertiu e ainda conseguiu quem queria. Melhor ainda, é quando a pessoa liga. Nossa! Aí é Deus no céu e seu ego na terra. Nada poderá te deixar mal no dia. E, essa ligação poderá até ajudar a surgir um relacionamento sério. Mas, se não ligar, paciência. Pelo menos, você conseguiu ele por um momento, não é?